terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Permita-se! - Ana Maria


Tua
calma é
meu abrigo.
Teu
delírio
meu anseio.
Teus dentes
em mordidas
frementes
sangrando
minha carne
meu desejo.
Não conspire
contra esse
peito que de
sobressaltos
arrítmicos
está cansado.
Permita-se!

Quero o seu
cansaço
Seu laço branco.
Quero seus
pedaços
Ondas
de seu flanco.
Seu eco.
Seu silêncio.

Nenhum comentário: