No trono vermelho Charlote, a realeza
Imponente nas vestes douradas
Deslumbrava com sua beleza
Era o ruído peculiar que o atraía
Nas danças do salão de baile
Era o farfalhar dos saiotes das moças
Que provocava-lhe tanta euforia
Quando imaginava o lugar de onde vinha
Aquele som tão íntimo, o jovem
Dançava com mais vigor com sua dama
Enquanto sonhava com as saias da rainha
Sonhadora no majestoso trono
Charlote, a rainha pudica
Era a mais bela naquele outono
O perfume que pairava pelo salão
Excitava Marco mais que podia
Fingindo, ele, de súbito, a olhava
E para ela, apenas sorria
A dona da coroa também padecia
De amor por seu cavaleiro
Amor que jamais contaria
E foi esse estranho sentimento
Ele com receio de sua ousadia
Ela não querendo parecer sua dona
Que os fez viver em tormento.
Nunca revelando o amor
Que um por outro nutria.
Nenhum comentário:
Postar um comentário