Era sempre verão aos vinte anos. Todos os dias pareciam ser ensolarados e todos os corações apaixonados. Naquela época não sabia escrever cartas de amor senão as faria aos baldes.
Havia um par de olhos que me engolia todos os dias no caminho para a faculdade e eu não me esquivava deles. Fitava-os quando ia e depois quando voltava. Parado à porta do café você me acompanhava com o olhar malicioso até a porta da escola. Era tão presente que até me sentia segura nessa trajetória. Nunca me dirigiu a palavra, nem me seguiu, apenas olhava.
Um dia resolvi sorrir-lhe e um riso tímido saiu de mim, e você o acolheu discretamente num outro tímido sorriso. Daí por diante todos os dias trocávamos esse riso pequeno mas que era imenso dentro de mim.
Até que lhe disse “oi” e você respondeu além de acenar para mim. Fiquei tão entusiasmada que passei a escrever bilhetes que não enviava. O ano acabou e vieram as férias. Sofri sua ausência nesse período mas tinha esperança de vê-lo de novo quando as aulas retomassem. Queria passar pelo café e deixar-lhe uma carta mas não tinha intimidade com as letras. E a quem destinatária tal carta?
Em março quando voltei às aulas vesti minha melhor roupa para vê-lo à porta, mas não o vi e fiquei aflita. Caminhei até a faculdade me sentindo sem chão. Como andar sem seu olhar a me seguir? Senti remorso por não ter parado e perguntado de você. Meu trajeto foi angustiante nesse dia. Mas quando cheguei à faculdade lá estava você à minha espera. Livros à mão, sorriso nos lábios, e brilho no olhar. Senti meu coração se encher de alívio. Agora estaríamos juntos pelo ano inteiro...
Havia um par de olhos que me engolia todos os dias no caminho para a faculdade e eu não me esquivava deles. Fitava-os quando ia e depois quando voltava. Parado à porta do café você me acompanhava com o olhar malicioso até a porta da escola. Era tão presente que até me sentia segura nessa trajetória. Nunca me dirigiu a palavra, nem me seguiu, apenas olhava.
Um dia resolvi sorrir-lhe e um riso tímido saiu de mim, e você o acolheu discretamente num outro tímido sorriso. Daí por diante todos os dias trocávamos esse riso pequeno mas que era imenso dentro de mim.
Até que lhe disse “oi” e você respondeu além de acenar para mim. Fiquei tão entusiasmada que passei a escrever bilhetes que não enviava. O ano acabou e vieram as férias. Sofri sua ausência nesse período mas tinha esperança de vê-lo de novo quando as aulas retomassem. Queria passar pelo café e deixar-lhe uma carta mas não tinha intimidade com as letras. E a quem destinatária tal carta?
Em março quando voltei às aulas vesti minha melhor roupa para vê-lo à porta, mas não o vi e fiquei aflita. Caminhei até a faculdade me sentindo sem chão. Como andar sem seu olhar a me seguir? Senti remorso por não ter parado e perguntado de você. Meu trajeto foi angustiante nesse dia. Mas quando cheguei à faculdade lá estava você à minha espera. Livros à mão, sorriso nos lábios, e brilho no olhar. Senti meu coração se encher de alívio. Agora estaríamos juntos pelo ano inteiro...
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