quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Neruda disse: Ámame esclava mía!




Esclava mía, témeme. Ámame. Esclava mía!


Esclava mía, témeme. Ámame. Esclava mía!

Soy contigo el ocaso más vasto de mi cielo,

y en él despunta mi alma como una estrella fría.

Cuando de ti se alejan vuelven a mí mis pasos.

Mi propio latigazo cae sobre mi vida.

Eres lo que está dentro de mí y está lejano.

Huyendo como un coro de nieblas perseguidas.

Junto a mí, pero dónde? Lejos, lo que está lejos.

Y lo que estando lejos bajo mis pies camina.

El eco de la voz más allá del silencio.

Y lo que en mi alma crece como el musgo en las ruinas.






Pablo Neruda


Pablo Neruda (Neftalí Ricardo Reyes Basoalto), foi um poeta chileno, um dos mais importantes poetas da língua castelhana do século XX, nascido em Parral (Chile) no dia 12 de Julho de 1904, Filho de José del Carmen Reyes Morales, operário ferroviário, e dona Rosa Basoalto Opazo, professora primária, morta quando Neruda tinha um mês de vida. Cônsul do Chile na Espanha (1934-1938) e no México, eleito senador em 1945, foi embaixador na França (1970). Suas poesias da primeira fase são inspiradas por uma angústia altamente romântica. Passou por uma fase surrealista. Tornou-se marxista e revolucionário, sendo, primeiramente, a voz angustiada da República Espanhola e, depois, das revoluções latino-americanas. Faleceu em Santiago (Chile) no dia 23 de Setembro de 1973.



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